• agosto 10, 2015

Labirinto sem saída rápida

Labirinto sem saída rápida

 

 
Discutir a atual crise política e econômica do Brasil já não adianta muito mais. Ela é conhecida ou sentida por todos os brasileiros porque já atingiu o alto empresário na ponta mais alta da economia e o beneficiário do bolsa-família na ponta mais baixa. As causas da crise também não cabe mais discutir porque todos sabem que ela vem da péssima gestão pública dos últimos anos, da prostituição política, do caos institucional que destruiu o princípio da autonomia dos poderes da República.
 
O saldo de tudo isso se mede na corrupção desenfreada, que serviu de pano de fundo pra destruição da estrutura política parlamentar construída sobre bases falsas nas últimas eleições. Essa destruição da base política atingiu de morte a vida das instituições e matou a autonomia do Poder Executivo que dirige a gestão pública. Além de prostituir os demais poderes.
 
A economia, além de atingida pela recessão resultante da tresloucada gestão dos últimos anos, sobressaindo nela o primeiro mandato Dilma Rousseff, reagiu esvaziando-se por recessão ou por receio. Economia, ao contrário da política, é globalizada mundialmente. O que cai aqui, vem de fora ou o que se faz aqui repercute fora do país. A política é paroquial, pobre e prostituída. Suas burradas atingem lá fora a imagem do país, faz recuar investimentos e diminui o Brasil.
 
A crise que deveria ser de 2015 e 2016, deverá estender-se até 2017, pra começar a reagir mesmo só em 2018, se tudo correr bem. O mandato da presidente Dilma está por um fio. As chances são de que ela renuncie a qualquer momento, ou seja cassada. O Tribunal Superior Eleitoral tem os elementos suficientes e precisa apenas do empurrão das manifestações de rua para respaldá-lo. O mesmo se dá com o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. A rigor, já não existe mais uma gestão de governo no país. Apenas uma cooperativa de crise dividida entre muitos protagonistas.
 
Em rara ocasião da História brasileira, a decisão não virá dos entes públicos, mas do desejo das ruas pra respaldar quem de direito a agir legitimamente pra chacoalhar ou demitir o governo, de modo a não ser interpretado pelo governo e seu partido como um golpe de Estado. As ruas no próximo dia 16 de agosto serão o termômetro do futuro próximo. O mais, diria o ex-ministro da Justiça, Armando Falcão, na época da ditadura: "o futuro a Deus pertence!".
 
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso. E-mail:onforeribeiro@terra.com.br www.onofreribeiro.com.br 

Fonte: Onofre Ribeiro
Edição: Siagespoc-MT
Crédito Imagens: Google

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