- outubro 9, 2015
Brasil velho, Brasil novo
Tive a enorme satisfação de participar como convidado, através da empresa Matos e Matos, franqueada de O Boticário em Cuiabá, do seminário "Gerenciando Incertezas – Maximizando Oportunidades", realizado em Belo Horizonte, pela Fundação Dom Cabral, nesta semana, para empresários ligadas à rede Parceiros da Excelência-Paex. Participei em 2014 também, e o tema foi " Megatendências – compreender o futuro para transformar o presente". Igualmente desafiador.
Foram três dias de apresentações sobre uma vasta gama de temas ligados à ideia central do seminário. Algumas conclusões são inevitáveis. O Brasil está mergulhado em crises que ainda não chegaram ao fim e não se sabe a que profundidade chegarão. Outra conclusão: as instituições que garantem a democracia brasileira estão preservadas. Portanto, a crise é de gestão. Outra conclusão animadora ao final de todas as apresentações e discussões: o Brasil velho morrerá no fim das crises e no meio do processo está nascendo um Brasil novo. Há luz no fim do túnel.
Evitou-se falar em política partidária e em governos. A gestão foi o ângulo de enfoque pra se discorrer sobre as crises que assolam o país, criadas pela própria conduta dos últimos três governos brasileiros. Contudo, todos admitiram que o Brasil sempre viveu de crise em crise e resolveu mal todas elas. Desse modo chega agora se arrastando em mais uma crise que contaminou o público e o privado e comprometeu os negócios e a imagem brasileira.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, fez a palestra magna de abertura e falou bastante sobre as lideranças que terão a responsabilidade de agora por diante resgatar a nacionalidade do país. Na sua visão, não cabem mais os modelos tradicionais de líderes. O líder do futuro, disse ela e gostei muito de ouvi-la dizer, é o líder capaz de estimular os sonhos e de ter comprometimento com o futuro sustentável da gestão, das instituições, da sociedade e das pessoas.
Nos próximos dias pretendo aprofundar em cada uma das vertentes de temas lá discutidos. Mas, efetivamente tem coisas novas no ar em todo o mundo. Entre elas o fim da tão decantada globalização das duas últimas décadas e meia. O futuro será dos blocos mundiais que se interligarão num outro foco de interesses.
O assunto continua. Mas confesso que embora pessimista com o Brasil atual, estou animado com o futuro que ainda nos espera nesses próximos anos, possivelmente a partir de 2017.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso. E-mail: onofreribeiro@terra.com.br www.onofreribeiro.com.br
Fonte: Gazeta Digital
Edição: Siagespoc – MT
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