- outubro 13, 2015
Produtividade irá mostrar que sem os investigadores a Polícia Civil acaba
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, disse que a avaliação de desempenho individual dos investigadores vai deixar claro que sem a produção dos policiais-investigadores a Polícia Civil acaba. O presidente questiona: “Quem prende? Quem investiga?”.
A Avaliação de Desempenho Individual para servidores da Polícia Judiciária Civil foi implantada, para as carreiras de escrivães e investigadores, pelo Governo do Estado e passou a valer a partir do mês de outubro. Todos os policiais devem encaminhar sua produtividade ao chefe imediato, que deverá ser inserida no Sistema Geia até o dia 5 do mês seguinte.
A Avaliação foi instituída pela Resolução nº 27/2015/CSPJC-MT e funciona como instrumento de aferição do mérito e da produtividade em função das atividades realizadas e dos resultados alcançados.
Para Cledison Gonçalves da Silva “a função dos investigadores é imprescindível para que a Polícia Civil possa desenvolver a sua função. A função primordial da Polícia Civil é investigar e ao final da investigação identificar os autores dos delitos. Tudo isso baseado nos relatórios produzidos pelos investigadores, pois sem essas investigações não teríamos como concluir inquéritos e nem pedir a prisão dos suspeitos. A partir do momento em que o delegado pede a prisão e o Judiciário concede o mandato de prisão, mais uma vez os investigadores entram em ação, pois na Polícia Civil quem prende são os investigadores”.
O presidente do Siagespoc complementa, parabenizando os investigadores. “É importante deixarmos claro que se a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso vai bem, parabéns aos investigadores. Se os investigadores param, a Polícia Civil para, pois sem investigar e sem prender a Polícia Judiciária Civil não funciona”.
Resolução
De acordo com a divulgação da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, a Avaliação é aplicada à carreira de delegado desde o mês de julho e passa a valer para escrivães e investigadores a partir de 1º de outubro, visando o acompanhamento e à análise contínua do desempenho dos escrivães e investigadores da ativa.
A avaliação individual tem como principais objetivos o aumento do comprometimento do servidor, o reconhecimento e valorização do desempenho eficiente, a verificação de necessidades de capacitação para aperfeiçoamento, o subsídio da gestão de Recursos Humanos, a melhoria da prestação do serviço público e a carência de recursos humanos e estruturais.
Nos meses de agosto e setembro, representantes dos sindicatos dos escrivães e dos investigadores reuniram com a diretoria geral da PJC para tratar sobre os critérios de produtividade que seriam adotados na Avaliação de Desempenho Individual das duas carreiras. A avaliação do trabalho desenvolvido pelas categorias consta nos anexos I, II e III da Resolução nº 31/2015.
Nos primeiros meses de avaliação, será instituída uma comissão para análise dos critérios de produtividade, podendo posteriormente ser propostas alterações. O servidor deverá mensalmente comunicar sua produtividade, de acordo com a especialidade da unidade de lotação. Os dados darão embasamento ao Boletim Estatístico Mensal (BEM), da unidade policial, especificando a produtividade de cada servidor, para inclusão no Sistema Geia.
O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Cledison Gonçalves, acredita que a produtividade vem para medir o que o investigador está produzindo e não uma ferramenta para cometer injustiças. “O objetivo é fazer com que o serviço do investigador seja reconhecido. Agora o investigador só irá produzir se tiver condições e estrutura para isso”, destacou.
Carreira Avaliação de Desempenho Individual para servidores da PJC começou a valer em outubro Fonte: Siagespoc – MT
Edição: Siagespoc – MT
Crédito Imagens: G-Com MT