• maio 24, 2018

SINPOL-MT DEFENDE PUNIÇÃO PARA O DELEGADO DE ARIPUANÃ

SINPOL-MT DEFENDE PUNIÇÃO PARA O DELEGADO DE ARIPUANÃ

A presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso – Sinpol-MT, Edleusa Mesquita, requereu ao Corregedor da Polícia Civil, delegado Jesset Munhoz Lima, a realização de uma Verificação Preliminar, seguida da instauração de sindicância ou PAD, para apurar denúncia de transgressão disciplinar do delegado de Aripuanã (949 km de Cuiabá), Alexandre Nazareth.

Este requerimento refere-se à denúncia de perseguição pessoal e assédio moral do delegado Nazareth contra o investigador Ivan Sabino Corrêa, divulgada este mês por vários órgãos da imprensa.

A denúncia relata que os problemas naquela delegacia começaram no mês passado (abril), a partir da posse do delegado, quando, em uma reunião com o pessoal, ficou claro que só ele falaria. E deixou evidente, também, que a partir de então, “iria implementar as regras do jogo”, ameaçando a todos com a afirmação de que “para cada deslize, daria dois cartões amarelos, seguidos da expulsão de quem quer que fosse o investigador”.

Não satisfeito, ele passou a menosprezar a categoria, afirmando que “os investigadores não trabalham a metade do que faz um escrivão de Polícia”. De acordo com a denúncia, durante todo o tempo da reunião, a autoridade policial utilizava um tom autoritário e gritante, “em total desrespeito aos investigadores e à própria instituição Polícia Civil”.

A iniciativa de Ivan Sabino de defender a categoria dos investigadores deixou o delegado ainda mais irritado e disposto a retaliar, passando, então, a perseguir o investigador.

Um exemplo da represália praticada por ele foi negar autorização ao investigador para trabalhar durante o dia, de segunda a sexta-feira, de modo a poder freqüentar a universidade no período noturno. Outra tipo de perseguição foi o delegado ter divulgado mentiras contra o investigador, como por exemplo, a afirmação de que ele não trabalhava, que abandonava o plantão, numa clara intenção difamatória.

A animosidade do delegado evoluiu para uma perseguição direta ao investigador, culminando com a colocação dele à disposição da delegacia de Juína, isto é, com a prática de mais uma ilegalidade porque tal transferência não foi apreciada pelo Conselho Superior de Polícia – CSP. O último ato do delegado foi agredir fisicamente o investigador Ivan Sabino, conforme vídeo e atestado médico juntados à denúncia.

A diretoria do SINPOL-MT é solidária e se junta ao sindicato dos Escrivães em busca de justiça com relação à apuração de transgressões disciplinares cometidas por policiais civis. E não aceitará assédio, seja de que forma for e muito menos o uso da “hierarquia funcional” para perseguir e punir Investigadores e Escrivães de Polícia, segundo a presidente Edleusa Mesquita.  A atual gestão promete estar atenta e atuar sempre em defesa de seus sindicalizados.

A dirigente sindical concluiu o documento pedindo a punição do delegado, por atos de transgressão disciplinar, para evitar futuros abusos desta natureza.

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