- junho 8, 2018
EFETIVO INSUFICIENTE DE INVESTIGADORES PREOCUPA DIRETORIA DO SINPOL-MT
A preocupação com a redução contínua do efetivo da Polícia Civil (principalmente no caso dos investigadores) seguida de uma sugestão para resolver o problema, figura entre as principais reivindicações pendentes enumeradas em um ofício encaminhado pela diretoria do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso – Sinpol-MT ao Governo do Estado, por meio do secretário da Casa Civil, Júlio Modesto.
Todos esses assuntos são urgentes, mas a carência do efetivo é o mais grave, porque ele deixa antever que em 2020 o Estado contará apenas com pouco mais da metade do efetivo atual, segundo projeção de Edleusa Mesquita, presidente do Sinpol-MT.
O cálculo feito por ela leva em conta o fato de que o lançamento de um concurso não significa que as contratações sejam rápidas. São necessários vários meses, com o cumprimento de pelo menos seis fases do concurso e mais cinco meses de academia para a admissão da primeira turma, explica. “E se adiarmos o concurso para o ano que vem nós só chamaremos os primeiros no segundo semestre de 2020”, continua.
É esta a razão pela qual ela insiste na abertura do concurso ainda este ano, nem que seja para o cadastro de reserva, sob pena de a população passar a sofrer muito mais do que sofre hoje por falta de segurança.
O estabelecimento de uma data base para a progressão horizontal, que privilegia os escrivães e penaliza os investigadores, é outra reclamação do Sinpol-MT. Segue-se o não reconhecimento do direito dos investigadores do concurso de 1.999 à diferença salarial pela chamada ‘Investidura Temporária’ a todos – o que fere o princípio da isonomia, situação com a qual o sindicato não concorda.
Muito embora a carreira de Investigador de Polícia tenha passado a integrar as carreiras de nível superior, até hoje não houve o reenquadramento salarial compatível com as demais carreiras, em especial as da área de segurança, segundo pontua o documento. Em seguida, é lembrada a não regulamentação da lei que concede aposentadoria à mulher policial com 25 anos de trabalho, como já foi feito em outros estados da Federação.
Consta ainda a reclamação de que o tempo de serviço prestado às Forças Armadas não está sendo aproveitado para progressão de nível, gerando mais perdas para o investigador; e a situação irregular imposta aos plantonistas no interior do Estado, que não recebem alimentação. Nega-se ainda, aos que trabalham em regime de plantão em escala de 24 hs x 72 hs, o direito à compensação por horas excedentes.
Fica evidente que o grande número de reclamações sem resposta é um atestado de que o Governo não demonstra interesse em resolver os assuntos referentes à Segurança Pública, descaso este que, em última análise, penaliza a população mato grossense. Ela sugere que o Governo se antecipe aos problemas, já que remediar uma questão dessas é muito mais difícil.