- outubro 14, 2016
SIAGESPOC APOIA RECLAMAÇÕES DE POLICIAIS DE CÁCERES
“Nós decidimos encaminhar um relatório ao Secretário de Segurança Pública de Mato Grosso mostrando-lhe tudo que vimos de errado no Cisc de Cáceres e pedindo-lhe que tome as providências cabíveis”. A afirmação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, que se reuniu com os investigadores daquele município para discutir e tentar solucionar os principais problemas da instituição.
A sobrecarga de serviço no regime de plantão, tanto no período noturno como nos feriados, é uma das principais reclamações dos policiais civis lotados em Cáceres.
Gonçalves recorda a posse de 455 policiais ocorrida poucos meses atrás, e admite que vários deles foram mandados para Cáceres. Contudo, muitos dos novos investigadores foram distribuídos para outros municípios que integram a região, de modo que o Cisc de Cáceres, que é a cidade polo, continua carente de efetivo, necessitando urgentemente de mais policiais.
Ele relata que existem apenas três investigadores por plantão no Cisc de Cáceres, com a incumbência de atender a demanda total da cidade. “Os policiais reivindicam a implantação de um regime de plantão semelhante ao praticado pelos escrivães, que é de 12 horas por 24 horas e 12 horas por 72 horas, uma vez que quando há flagrante para ser levado ao fórum, o efetivo na delegacia acaba se reduzindo a apenas um investigador, que fica muito vulnerável”, conforme explica.
Além do mais, lembra que a unidade da Polícia Civil é um local onde existem armas e que guarda drogas apreendidas, de modo que a vida do policial está permanentemente em risco. Essa situação já foi discutida com a delegada Regional de Cáceres, que entendeu as dificuldades enfrentadas pelos policiais e prometeu tomar providências necessárias no sentido de aumentar o efetivo e criar mais um plantão naquela regional.
Para complicar ainda mais o problema, o Cisc ocupa um espaço muito grande, onde são depositados veículos apreendidos, tanto automóveis como motocicletas. A sugestão de Cledison é que esses veículos sejam retirados do Cisc o mais rápido possível, considerando que a grande quantidade dessas apreensões acaba gerando insegurança ainda maior para os plantonistas, que temem o roubo de peças e o risco da dengue por causa do acúmulo de água da chuva nos veículos.
Outro objetivo do documento que será encaminhado ao secretário é sugerir obras urgentes no imóvel onde funciona o Cisc, “que está depredado e necessitando de reforma”. Cledison afirma que tais obras são fundamentais para o bem estar dos policiais e integram os cuidados que a Polícia Civil deve ter com a segurança dos seus profissionais.
“Também pleitearemos ao governo o pagamento da jornada voluntária, um pleito dos investigadores para resolvermos o problema do sobreaviso, pois quem fica nesta condição não está descansando”, afirma. “Não descansa e nem recebe nada por isso, o que é um absurdo, pois policial de sobreaviso não está de folga”, explica. “Então que se implante a jornada voluntária, pois assim o policial vai trabalhar, mas em contrapartida vai receber por seu trabalho”, ressaltou.
EFETIVO REDUZIDO Uma das principais reclamações dos policiais civis do Cisc de Cáceres é a sobrecarga de plantões imposta a um efetivo muito reduzido Fonte: Luiz Cesar de Moraes
Edição: 14.10.2016
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