• novembro 22, 2016

CLEDISON PREVINE POLICIAIS CIVIS SOBRE RISCOS DA PEC 241/55

CLEDISON PREVINE POLICIAIS CIVIS SOBRE RISCOS DA PEC 241/55
Os efeitos prejudiciais da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 241/55 na vida dos investigadores de Polícia foi o principal assunto discutido em reunião que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, realizou com o pessoal da sub sede do sindicato de Cáceres neste fim de semana. 
 
Foram discutidas outras reivindicações da classe, como o reconhecimento do cargo de investigador como de nível superior, mudança da nomenclatura do cargo, jornada voluntária, pagamento de horas extras e a questão do sobreaviso, que penaliza principalmente os profissionais que atuam em municípios com reduzido efetivo policial.
 
Gonçalves informou aos policiais civis a respeito de uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (25) entre os diretores da Polícia Civil e os sindicatos das categorias da segurança pública, com a participação do deputado Wancley Carvalho (PV), quando tais assuntos voltarão a ser abordados. Pelo menos o reconhecimento da carreira como de nível superior já é ponto pacífico, segundo adiantou.
 
O dirigente sindical fez um alerta aos investigadores sobre os riscos que o novo dispositivo constitucional (PEC 2412/55) representa para a categoria e exortou-os a se unirem na luta pela defesa dos seus direitos. Embora não considere especificamente o servidor público como o seu foco principal, a PEC 241/55 trará graves consequências para a categoria, segundo analisa Cledison Gonçalves.
 
Ao explicar que a emenda está travestida de um tema geral: o de conter os gastos do Governo para combater o endividamento dos Estados, ele alegou entender claramente que o servidor público será o principal atingido por esse dispositivo. A principal consequência, no entender do sindicalista, é um achatamento salarial previsto para durar até 20 anos, que deve afetar profundamente os policiais civis.
 
O presidente do Siagespoc deixou claro que a categoria teve conquistas nos últimos anos, que conseguiu avançar em vários setores, mas avisou que não se pode esmorecer com as notícias negativas que são uma constante hoje em dia. “Temos que nos manter unidos e só vamos conseguir preservar os ganhos que conquistamos se tivermos consciência de que este objetivo é uma responsabilidade de todos”, avisou.
 
Cledison Gonçalves reuniu-se também com um grupo de investigadores de Pontes e Lacerda. No Cartório daqueal cidade ele confirmou a legalidade da situação de um imóvel  doado à sub sede, e vistoriou a área, localizada em região privilegiada da cidade. Agora falta muito pouco para o início das obras de instalação física da sub sede, conforme adiantou. Lá também foram discutidos assuntos de interesse da categoria.
 
O diretor da sub sede de Cáceres, Sérgio Mário Pereira, considerou positiva a visita e a reunião com os policiais da região, destacando que vem insistindo com esses encontros desde o primeiro dia de sua gestão. Ele afirmou que pensa no colega policial como na própria família. “Afinal de contas, a polícia é nossa segunda família porque às vezes a gente passa mais tempo no convívio com o meio policial do que com a própria família”.
 
As instalações físicas da sub sede de Cáceres estão em fase adiantada de construção. Sérgio conta que recentemente reformou o telhado do prédio principal e construiu banheiros, além de um alambrado em torno da área, e está edificando um quiosque redondo para reuniões com menor número de participantes. A maior satisfação dele é perceber que o pessoal da sub sede está contente com as melhorias.
 

A impressão de Cid Rodrigues Soares, policial lotado em Cáceres, sobre o resultado da reunião, foi positiva. Ele disse entender que se a classe ficar apática, passiva, só vai ter prejuízo. E afirmou estar disposto a fazer sua parte para unir forças com a categoria, “porque se a gente ficar parado, as coisas só tendem a piorar; então temos que acordar para a gravidade da situação e impedirmos que essas decisões impostas de cima para baixo nos penalizem”, ressaltou.  

ALERTA GERAL A conversa mantida com investigadores de Pontes e Lacerda e Cáceres girou em torno dos efeitos nocivos da emenda para a categoria Fonte: Luiz Cesar de Moraes
Edição: 22.11.2016
Crédito Imagens: Luiz Cesar de Moraes

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