- novembro 30, 2018
DGPC: INTEGRANTES DA LISTA TRÍPLICE EXPÕEM PROPOSTAS À IPC’S E EPC’S
A eleição da lista tríplice, que indica ao governador os candidatos mais cotados para a diretoria da Polícia Judiciária Civil, só passará a ser eminentemente democrática a partir do momento em que levar em conta também os votos dos investigadores e escrivães. Caso contrário, este processo continuará sendo imposto por uma pequena minoria em detrimento da vontade de uma grande maioria do efetivo da entidade.
Esta é a opinião compartilhada pelos investigadores e escrivães de polícia que participaram, nesta quinta-feira (29), na sede do Sinpol-MT, da reunião com dois delegados que compõem a lista tríplice a ser levada ao futuro governador do Estado.
O escrivão Juliano Peterson, que é vice-presidente do sindicato dos Escrivães de Mato Grosso – Sindepojuc, disse que a reunião foi o momento adequado para os candidatos exporem suas ideias, inclusive com sinalizações sobre a concessão de comando aos escrivães e investigadores em determinados setores da PJC, que é uma das principais propostas dos sindicatos.
Ele afirmou que esta iniciativa é uma demonstração de unidade de propósitos entre as duas entidades sindicais, em decisões que afetam o futuro da instituição. “É o mesmo que dizermos: olha, nós estamos aqui e queremos participar. A instituição também é nossa, e por isso nós não podemos ficar alijados do processo. Vivemos um período de grande importância para a nossa história, e a Polícia Civil precisa evoluir”.
Peterson se referia à reclamação das duas classes da Polícia Civil (Investigadores e Escrivães) que reivindicam há anos o direito de participarem da eleição do delegado geral, tal como ocorre hoje na escolha do reitor nas universidades brasileiras.
O plano de gestão do delegado Vítor Hugo Teixeira (37), com 12 anos de polícia, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes – DRE, está voltado para a gestão de pessoas, como a valorização e o reconhecimento do trabalho do servidor. Ele propõe uma gestão participativa e democrática, com cursos continuados na Acadepol, e uma corregedoria que além de punitiva, seja mais orientativa, dando mais segurança aos policiais.
Já o candidato Jefferson Chaves (48), com 17 anos de polícia, que hoje é ouvidor setorial da PJC, quer enaltecer as ações que busquem a melhoria da imagem da instituição com operações de inteligência, investigação sincronizada, e também de marketing; ele promete lutar por concurso público permanente, para a reposição das vagas na instituição; e está disposto a realizar estudos acerca do sobreaviso, pagamento de horas extras e alimentação dos plantonistas.
A proposta mais importante dele, porém, é padronizar a remoção de policiais civis e definir plantões regionalizados pelo sistema audiovisual de vídeo conferência em tempo real, para economia de gente, tempo e dinheiro. “O nosso maior problema, são os recursos humanos; é preciso fazer mais com menos. Como o governo quer isso, nós já estamos adequando as nossas metas aos planos do futuro governo que toma posse em 1º de janeiro”, pontuou.
A presidente do Sinpol-MT, Edleusa Mesquita, disse que a reunião foi uma iniciativa do Sinpol e do Sindepojuc, frente ao fato de que quem for representar a Polícia Civil, não representará apenas os delegados, mas também um enorme grupo de investigadores e escrivães. “As decisões que forem tomadas pelo delegado geral atingirão também a ponta, que somos nós”.