- dezembro 14, 2018
SINPOL-MT DENUNCIA FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO NA SEGURANÇA
O presidente em exercício do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso – Sinpol-MT, Gláucio Castañon, admitiu hoje (14) que a falta de viaturas em algumas delegacias, principalmente do interior do Estado, compromete o trabalho policial. Ele acrescentou que muitas viaturas locadas são incompatíveis com os veículos necessários para a utilização nas operações do dia a dia.
Essa observação foi feita em entrevista que ele concedeu ao programa MT TV, da Televisão Centro América. “Algumas viaturas locadas também vieram sem rádio comunicadores, condição que as inviabilizam para o nosso trabalho”, segundo detalhou.
Para o sindicalista, os problemas verificados no setor de segurança são graves, e denotam que falta política de Estado em Mato Grosso. Se houvesse uma política de estado séria, esse tipo de problema não aconteceria, e a sociedade não seria afetada. Ele defende a ideia de que o Estado deve prover as condições mínimas de trabalho aos policiais, para que eles desempenhem a contento a sua atividade.
O sindicato teme pela segurança dos policiais porque as viaturas não são adequadas para o transporte de preso. São viaturas que não têm camburão, não dispõem de um local adequado para o transporte de preso de alta periculosidade, de modo que o policial muitas vezes tem que conduzir o preso no banco traseiro, expondo-se a um risco real por causa de uma falha do Estado.
Não bastasse isso, falta efetivo na Segurança. De acordo com o presidente, o Sinpol-MT solicitou, em ofício a Diretoria Geral de Polícia Civil – DGPJ, o fechamento de 21 delegacias no estado. Se só para manter uma delegacia funcionando são necessários quatro policiais, como é que uma delegacia com um ou dois investigadores pode prestar um serviço investigativo à sociedade? Não tem como, diz ele. E ainda mais se tiver que transportar preso.
Ele também criticou o estado precário das delegacias, cuja maioria delas não resistiria a uma vistoria da Defesa Civil ou do Corpo de Bombeiros. Estão instaladas em prédios precários, sem alvará de funcionamento. Embora os investigadores se desdobrem para realizar o seu serviço, nem os prédios nem a infraestrutura são adequados.
Castañon lembrou que o salário dos investigadores, que deveria ter sido pago no último dia útil do mês, está atrasado e ninguém sabe quando será pago. Ele esclareceu que não está descartado o sindicato buscar ações judiciais cabíveis, de modo a tentar uma solução para os problemas na segurança, que se avolumam, e para que a sociedade fique informada de tudo isso.