- janeiro 25, 2017
SINDICALISTAS DISCUTEM RISCOS DAS REFORMAS DOS GOVERNOS
Os representantes de 20 entidades sindicais de servidores públicos que integram o Fórum Sindical reuniram-se na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, para discutir as propostas de reforma dos governos federal e estadual. Não ser pego de surpresa pelas reformas e mobilizar as bases: estes foram os principais temas das discussões dos sindicalistas, que estão apreensivos com os prejuízos que as reformas trarão para os trabalhadores.
De acordo com o presidente do Siagespoc, Cledison Gonçalves, é importante conhecer o texto da reforma administrativa do Estado, cujo teor todos ouvem falar que é ruim, mas da qual ninguém conhece os detalhes nem a extensão das mudanças. A sugestão dele e dos demais sindicalistas é que as discussões sobre a reforma da Previdênica devam ser divulgadas para que a população tome conhecimento dos riscos iminentes que ameaçam os direitos de todos os trabalhadores.
Ao mesmo tempo em que criticou setores do funcionalismo que são ativos nas redes sociais, mas nem tanto quando mobilizados para a greve, ele disse não ver alternativa para este momento a não ser a união da classe trabalhadora através dos sindicatos. E conclamou os policiais civis a irem à Brasília no dia 08.02 participar de um movimento nacional dos sindicatos das categorias da segurança pública, com a intenção de mostrar à Nação a impropriedade das mudanças pretendidas.
Gonçalves opinou sobre a posição do Governo do Estado quanto às reformas, que vê com reservas. Ele entende que o governador está deixando de travar uma luta com o Agronegócio, para atacar os servidores públicos.
O representante da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB, Antonio Wagner de Oliveira, admitiu que ninguém sabe detalhes do projeto, que certamente trará alterações que ameaçam a todos como corte de direitos, paralisação de concursos, congelamento das progressões e terceirização da área meio. Para ele, os servidores precisam reconhecer-se como trabalhadores. “Se não houver uma mobilização geral, o Governo poderá impor tudo o que quiser contra o trabalhador”, afirmou.
Wagner crê ser necessário realizar uma campanha de valorização do servidor público para mostrar à opinião pública o peso do trabalho do funcionalismo. Ele disse que as bases estão aceitando passivamente os argumentos que o governo usa para justificar a reforma, e sugeriu que é preciso lutar contra essa ideia. Caso contrário, segundo avaliou, “o governo conseguirá convencer os servidores da necessidade das reformas”.
A reunião discutiu a proposta de que o Fórum se volte para os polos do interior, onde o movimento pode reverberar e incomodar os parlamentares. O sindicalista Benedito Daltro, presidente da Federação dos Servidores Públicos de Mato Grosso, sugeriu uma campanha citando nominalmente os deputados e o governador e questionando quem votará contra os servidores, como forma de mostrar quem é a favor e quem é contra os trabalhadores.
FÓRUM SINDICAL Apreensivos com os prejuízos iminentes para os servidores públicos, componentes do Fórum querem mobilizar as bases Fonte: Luiz Cesar de Moraes
Edição: 25.01.2017
Crédito Imagens: Luiz Cesar de Moraes