- dezembro 31, 2018
IPCs reclamam do atraso do 13º salário
O atraso no pagamento de parte do 13º salário e o não
pagamento do cálculo residual deste direito a uma parcela dos investigadores da
Polícia Civil penalizam a categoria e deixam todos muito contrariados. Esta reclamação
é da presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato
Grosso – Sinpol-MT, Edleusa Mesquita, que voltou a falar deste assunto hoje
(31), em entrevista à televisão.
Outros fatores que afetam a Polícia Civil, como a sobrecarga
de serviço, a manutenção do sobreaviso, o aumento da carga horária por conta do
plantão de 24 horas x 72 horas sem a devida compensação de horas ou a
remuneração adicional respectiva, e um efetivo claramente reduzido em muitas delegacias
do interior, concorrem para causar um descontentamento geral entre os
servidores, segundo Edleusa Mesquita.
Mesmo assim, ela afirmou que os policiais continuam
trabalhando com dedicação, porque gostam do que fazem e se preocupam com o bem
estar da sociedade. Mas os policiais também são seres humanos, são
trabalhadores que têm família, com responsabilidade com os filhos, que têm
contas a pagar, enfim, gente que é cidadã como os demais cidadãos brasileiros,
com deveres e direitos, e que faz questão de que seus direitos sejam
respeitados.
A diretoria do Sinpol-MT já conversou com o próximo
secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, que toma posse amanhã
(1º), com relação às condições de trabalho, à qualidade do serviço, e à
capacitação continuada. A presidente informou que os sindicatos que integram o
Fórum Sindical decidiram agendar uma audiência com o governador Mauro Mendes em
busca de uma solução para essas dívidas com o funcionalismo.
Há possibilidade de greve se não houver uma solução. Ela
disse que o objetivo da categoria é dialogar e resolver esta pendência, mas o
sindicato não aceitará que os direitos dos trabalhadores continuem sendo
prejudicados. “O Sinpol-MT vai lutar pelos direitos dos seus representados,
junto ao Fórum Sindical, e tudo que for decidido em favor dos servidores
públicos do Executivo Estadual, será trabalhado de forma coletiva”, pontuou.
O cenário em Cáceres, com relação às audiências de custódia
e a carência de médicos legistas, também foi lamentado por ela. Lá, os legistas
atendem apenas das 8:00 horas às 9:00 horas por dia, para exame de corpo de
delito. Se houver um flagrante após esse horário, eles só voltam a atender no
dia seguinte, forçando a pessoa a permanecer na delegacia, sem alimentação, sem
condições de higiene, e penalizando os policiais a desembolsarem dinheiro para
a alimentação do preso.