• novembro 24, 2020

Lideranças nacionais da Polícia Civil cobram investigação rigorosa em coletiva de imprensa

Lideranças nacionais da Polícia Civil cobram investigação rigorosa em coletiva de imprensa

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (24), Lideranças nacionais da Polícia Civil defederam uma investigação rigorosa sobre o suposto plano de atentado de execução contra a candidata a vereadora por Cuiabá nas eleições, investigadora e presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Sinpol-MT), Edleusa Mesquita.

A possível trama para matá-la teria sido organizada por três policiais militares e outros dois homens. Um sexto componente do grupo teria delatado o plano. Para o presidente da Confederação Brasileira de Policiais Civis (COBRACOL), Giancarlo Miranda, as autoridades públicas prevaricaram, ou seja, não tomaram as devidas providências necessárias. “Houve prevaricação”, disse, indignado, Giancarlo Miranda, questionando os motivos que levaram as autoridades da área da segurança pública do Estado a esperar quase duas semanas para iniciar uma investigação sobre o caso.

A presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Centro Oeste (Feipol/CON), Marcilene Lucena, demonstrou preocupação em deixar um fato dessa gravidade sem respostas, sem ficar claro quem foi o mandante e quem praticou o crime, e ainda o real objetivo da ação contra Edleuza. “Brasil é o país que mais mata policiais e, (nessas eleições), a cada 3 dias morreu um candidato”. Ela afirmou ainda que, neste contexto, mulheres correm um risco a mais.

Segundo Edleuza Mesquita, a investigação deveria feita pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado). “Existe uma portaria, de número 40 de 2010 da PC, que diz que, quando a vítima é policial, a Gerência é que tem que apurar e tivemos a informação de que não se tratava de crime contra investigador e sim crime político, mas não tem nada concluso sobre isso”.

De acordo ainda com ela, a Corregedoria-Geral da Polícia também foi procurada, pedindo que acompanhasse o caso, porque envolve policiais militares.

Participaram da coletiva André Gutierrez, que é presidente da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol); Giancarlo Miranda, vice-presidente da Cobrapol; e Marcilene Lucena, presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Centro Oeste (Feipol/CON).

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