- agosto 29, 2016
BRITO REBATE CRÍTICAS E PROMETE MELHORAR ATENDIMENTO
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves, reuniu-se com o presidente do MT Saúde, Carlos Brito, para falar sobre críticas ao plano de saúde do Governo na capital e no interior. “A nossa intenção é apurar a verdade sobre as manifestações de descontentamento com o atendimento geral do MT Saúde, principalmente do pessoal da Polícia Civil”, afirmou ele.
Durante a reunião, o presidente do plano Mato Grosso Saúde – MT Saúde, Carlos Brito, rebateu denúncias a respeito do aumento do número de descredenciamentos de médicos e comentou a falta de médicos em algumas especialidades. Ele afirmou que os descredenciamentos de médicos do MT Saúde acontecem eventualmente, mas é algo que considera natural em qualquer plano de saúde. Quanto à falta de médicos em certas especialidades, admite ser verdade, porém disse que está agindo para resolver esse problema.
Segundo informou, a existência de poucos médicos em uma ou outra especialidade não é situação exclusiva do MT Saúde, mas também dos demais planos. “Por serem poucos, acabam sendo muito procurados e, na maioria dos casos, tais médicos preferem cobrar o valor da consulta particular, que é muito mais vantajoso do que negociar com os planos de saúde”.
O MT Saúde definiu um plano para ampliar o atendimento, especialmente no interior, onde também se espera, segundo avalia o presidente, aumentar o número de beneficiários. O centro de especialidades médicas é outra iniciativa para ampliar o número de profissionais e diversificar as especialidades. “Será um local onde manteremos médicos de especialidades muito procuradas, trabalhando sob agendamento, que nos permita diversificar ofertas de especialidades aos nossos beneficiários”, explicou.
Brito disse que neste momento há grande número de novos hospitais, novas clínicas e novos profissionais médicos querendo se cadastrar junto ao MT Saúde. Esta situação pode ser consequência de mudança nas relações comerciais de contratação e pagamento dos prestadores de serviço em relação ao passado. Embora dependa de orçamento, como lembrou, faz questão de dizer que tem conseguido, dentro dos parâmetros pactuados com os prestadores, cumprir os compromissos do órgão.
Quanto aos atrasos de pagamentos, ele explicou que “o mais comum é ocorrer atraso na prestação de contas, quando se deixa expirar o prazo de 90 dias para prestar conta”. Com relação ao papel do MT Saúde , no entanto, disse “que o prazo só começa a contar depois que a prestação de contas é feita ao órgão, com a apresentação da nota fiscal para que, depois da comprovação da auditoria de que o serviço foi efetivamente prestado, o pagamento seja feito em até 60 dias”.
Na opinião dele, “é a dinâmica dos pagamentos que muitas vezes leva o médico a pensar que a responsabilidade é do MT Saúde, mas a realidade é outra”. Além de casos em que o pagamento é realizado, mas demora a chegar até o profissional, ressaltou.
O presidente revelou que quando assumiu em setembro de 2015 encontrou uma dívida acumulada de cerca de R$45 milhões. “Desde então essa dívida vem sendo amortizada; o que devemos hoje são as faturas do mês anterior, e algumas glosas referentes a valores que a auditoria questiona, e são analisadas em separado para posterior pagamento”, contou. “Isto quer dizer que aquela dívida já não existe mais nos mesmos patamares e caminhamos para quitá-la”, disse.
Ele admitiu que descontentamentos e questões semelhantes sempre existirão, porque nem tudo aquilo que se deseja é possível fazer. “Nós somos limitados à lei, um órgão público limitado também à nossa capacidade econômico-financeira, senão o plano se desequilibra, pois existem contratos que devem ser respeitados de ambas as partes, enfim, é essa reorganização que também nos permite a reestruturação do plano”.
OUVIDORIA
Ele informou que a ouvidoria do MT Saúde ainda é virtual, por meio de um espaço no site, que não considera ideal. Foi com o advento dos conselhos que passou a pleitear uma maior estrutura do governo, ao qual já apresentou o novo organograma. “Isso quer dizer que nós passaremos a ter uma ouvidoria propriamente dita, e eu tenho certeza que vai nos ajudar muito ao canalizar os questionamentos, as informações, as reclamações para que a gente possa aprimorar o nosso trabalho”.
MT SAÚDE Aumentar número de médicos e diversificar especialidades ofertadas são medidas que integram projeto do MT Saúde para capital e interior Fonte: Siagespoc – MT
Edição: 29.08.2016
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