- junho 28, 2016
FÓRUM REJEITA NOVA PROPOSTA E COGITA COBRAR RGA NA JUSTIÇA
Uma nova proposta sugerida pelo colégio de líderes da Assembleia Legislativa com vistas a um acordo entre o Fórum Sindical e o Governo do Estado para o pagamento parcelado da Revisão Geral Anual – RGA foi rejeitada hoje pelos grevistas. Embora aceitem o parcelamento, eles insistem em receber o retroativo a que têm direito e que, mais uma vez, não foi contemplado. E prometem continuar com a greve.
O mais provável, segundo analisam os integrantes do Fórum Sindical, é que a proposta original do Governo seja apreciada e aprovada em segunda votação na sessão de quinta-feira, dia 30.
Como se sabe, esta proposta determina o pagamento de 6% da RGA, em três parcelas de 2%, em setembro de 2016, janeiro e abril de 2017, condicionando o pagamento da diferença à possibilidade do Governo conseguir se adequar os gastos com o funcionalismo à Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
No entendimento do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves, o Fórum Sindical faz questão de que qualquer sugestão de entendimento contemple o pagamento retroativo do RGA, tese com a qual o Governo não concorda. O sindicalista entende que as categorias não querem e não podem abrir mão de um direito adquirido do trabalhador.
Cledison Gonçalves voltou a dizer que o movimento tem força, já que envolve todas as categorias do funcionalismo público, mas o Governo tem dado demonstração de intransigência durante as negociações.
Ultimamente os ânimos começaram a se exaltar, tanto da parte do Governo quanto do Fórum Sindical, que não enxerga a possibilidade de um entendimento sobre a questão do pagamento da RGA.
Nas discussões de ontem o deputado Wilson Santos agrediu verbalmente um sindicalista, enquanto que na sessão de hoje foi a vez do deputado Gilmar Fabris atacar um manifestante com gestos obscenos. Vale lembrar que o Legislativo é o poder moderador que tenta promover um consenso entre as partes.
“Nós não acreditamos mais na possibilidade de surgir qualquer proposta nova, porque o Governo não aceita discutir [a integralidade] dos 11,28% e as categorias não aceitam menos que os 11,28%. Então dificilmente nós vamos chegar a um acordo”, analisou Cledison Gonçalves.
Ele continua repetindo que “qualquer proposta que o governo faça que não atinja os 11,28% dificilmente será viabilizada pelas categorias”. E acrescenta que, “embora o Governo esteja patrolando os grevistas porque tem maioria na Assembleia Legislativa, caso aprove os 6% como já passou na primeira votação, nós buscaremos os 5,28% via judicial, ou seja, com ação junto ao Tribunal de Justiça”.
GREVE GERAL Uma sugestão dos parlamentares para pagamento da Revisão Geral Anual – RGA, parecida com a primeira, foi rejeitada pelos grevistas Fonte: Siagespoc
Edição: 28.06.2016
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