FORUM SINDICAL DISCUTE OS DETALHES DA GREVE

A não apresentação de proposta do Governo do Estado para o pagamento do RGA ao funcionalismo, conforme notícia veiculada hoje, na imprensa da capital, ao invés de desanimar os grevistas, surtiu efeito contrário. “O Governo está tentando apagar fogo com gasolina”, alertou Cledison Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, acrescentando que essa postura de radicalismo por parte do Governo só aumenta o ânimo dos manifestantes.

Ele reafirmou que o pagamento do RGA é um direito constitucional do funcionário público, do qual a classe não abre mão e mostra disposição para lutar por ele. Cledison ainda acusou o governo de desrespeitar a Constituição e deixou claro que “qualquer medida que tomar, que não seja a de apresentar uma proposta ao fórum sindical, só estará [o Governo] dando estímulo necessário para que nos mobilizemos cada vez mais, de modo a mostrarmos a força que o servidor público de Mato Groso tem”.

ORGANIZAÇÃO

O presidente do Siagespoc também destacou a importância da reunião realizada hoje entre os líderes de associações e sindicatos do setor de segurança pública. “Se teremos paralisações nos próximos dias 24 e 25, já decididas em assembleia, é necessário que tracemos metas sobre as definições necessárias ao planejamento de um movimento desse porte”.  Ele informou que o segmento está unido, com o objetivo de que a paralisação na segurança pública seja um consenso entre todos os líderes sindicais e siga os trâmites legais.

Cledison Gonçalves acentuou que as lideranças sindicais que integram o Forum Sindical “querem paralisar e manifestarem-se contra o governo, porém com a preocupação de não fazer nada que prejudique totalmente a sociedade, mas que dê respaldo aos integrantes dos sindicatos e associações”. 

NOTA OFICIAL

SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES DA SEGURANÇA PÚBLICA SE UNEM CONTRA O NÃO PAGAMENTO DA RGA E PREPARAM GREVE GERAL

Insatisfeitos com o não pagamento da RGA 2016 os representantes dos integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Sistema Penitenciário, Sistema Socioeducativo e Polícia Técnica se reuniram nesta quinta-feira (19/05), para acertar os encaminhamentos para a manifestação do dia 24 de maio de 2016 do Fórum Sindical.

Com indicativo de paralisação já aprovado entre os agentes penitenciários e os agentes do socioeducativo, o movimento começa a crescer nas demais categorias e os delegados, investigadores e escrivães da Polícia Civil preparam uma ação que pode paralisar todas as delegacias do Estado.

Os Policiais Militares e Bombeiros Militares marcaram para a próxima segunda-feira (23/05) uma assembleia geral da categoria e apesar da lei proibir os militares de realizar greve, a insatisfação já começa a ganhar corpo nos quarteis.

De outro lado, o Governador Pedro Taques mantém a sua posição de não conceder a RGA em virtude dos limites de comprometimento de despesas com pessoal. Nessa história toda, quem pode sair no prejuízo é a população, que já sofre com altos índices de criminalidade e pode sofrer ainda mais, com uma paralisação da segurança pública.

A possibilidade de greve assusta a todos, em virtude das lembranças dos movimentos paredistas realizados na Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Norte na véspera da Copa do Mundo em 2014, quando a paralização da Polícia Militar e da Polícia Civil resultou em insegurança generalizada com a realização de saques e vandalismo em estabelecimentos comerciais, aumento de ocorrências do tipo “novo cangaço” e explosão de roubos e furtos de veículos.

QUEDA DE BRAÇO Os líderes do funcionalismo público estadual se reuniram para discutir as paralisações dias 24 e 25 Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – SIAGESPOC
Edição: SIAGESPOC
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