• janeiro 30, 2019

INVESTIGADOR ESCREVE LIVRO POR INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA

INVESTIGADOR  ESCREVE LIVRO POR INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA

O gosto pela leitura ele diz ser nato e é compartilhado
também com a esposa e filhas. Ele já leu a Bíblia quatro vezes, mas aprecia obras
de outros gêneros literários, principalmente romances. E revela que leu também Os
Cinquenta Tonas de Cinza
, além de outros autores, brasileiros e estrangeiros,
principalmente os romancistas.

Daí surgiu a idéia de escrever. Com um projeto na cabeça, ele começou e afirma que hoje já tem quatro livros prontos, esperando para serem publicados. Conseguir publicar, aliás, é uma fase difícil para quem está começando, segundo o autor, por conta do alto custo. Os custos desta edição, por exemplo, ele informa que pagou do próprio bolso.

O ato de escrever, para Leonel Arruda, é uma forma de homenagear a família, mas também de ocupar o tempo com uma atividade útil. Sua pretensão é que o livro que acaba de lançar seja adquirido por seus colegas investigadores, dando-lhe a chance de seguir publicando outras obras.

– Você é um policial
que escreve e que gosta de ler?

Sim. Eu leio, sou um cara de princípios também,
principalmente religiosos, o livro que eu gosto muito é a Bíblia, que eu já li
quatro vezes. Além disso, eu leio também outras obras, de variados gêneros
literários.

– Esse seu gosto pela
leitura, que também é uma característica de sua esposa e de suas filhas, veio
de onde?

Esse interesse já era nato nelas, é da natureza própria
delas; da minha filha mais velha, eu posso dizer que ela chega a ler de cinco a
seis livros por mês. 

– E quanto à sua
publicação? É o primeiro livro que você consegue publicar?

Pois é, eu entrei em contato com a Chiado Books, a editora
que cuida de publicações, e nós começamos a negociar. Firmamos um contrato para
a publicação dos próximos livros, e eu estou com esse primeiro, O
Vendedor de Vinhos
, que vem a ser o quarto que eu escrevi, mas  o primeiro que eu consigo publicar.

– Qual a distinção
que você faz entre a cultura áudio visual de hoje em dia, principalmente da
televisão, da cultura oral, que a gente adquire ao ler livros?

Eu vejo que ela infelizmente está decaindo, uma vez que a
mídia, até no meu próprio caso, o meu livro está disponível no meio eletrônico.
Por um custo mais barato. Todos têm acesso até pelo celular. Hoje em dia é só
você acessar o celular que você terá o livro que quiser. Você consegue com a
maior facilidade. Mas o livro mesmo, este vem sendo deixado de lado. Cada vez
mais se deixa de lado o livro em função dos meios eletrônicos. Mas o meu está
disponível como livro e também no meio eletrônico para quem quiser,  através do chat da Editora Chiado Books.

– Você fala
exatamente de quê neste seu primeiro livro publicado?

É um livro de ficção. O personagem principal, Neco Falcão,
perdeu os pais, em um latrocínio, e devido à morosidade da Justiça, ele
resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Ele saiu em busca dos algozes dos
seus pais em busca de justiça. Porque, na verdade, muitas vezes a gente vê a
Justiça, mas não sabe o que está por detrás daquilo. Muitas vezes não é uma
simples decisão de um juiz, ali por detrás pode ter um pedido, um favor, uma
prorrogação de alguma investigação. Enfim, esse é um livro de ficção em que o
ator principal perdeu os pais e saiu em busca de vingança. Ele quer vingança.
Ele sai em busca de justiça que a Justiça não fez. É como eu digo no livro, a
Justiça, além de cega, tem mal de Alzheimer, porque neste caso não foi feito
justiça da forma como o personagem queria.

– Você acha que
devido ao fato de ler mais do que a maioria das pessoas, você e sua família escrevem
melhor? Aprenderam a escrever bem?

Não. Eu não escrevo melhor. Existem pessoas que escrevem
muito melhor. Neste caso eu decidi escrever um livro pequeno e curto, de fácil
leitura, para que desperte o interesse de mais pessoas. Eu vejo muitas vezes as
pessoas se interessando por um livro mais curto, mas com o passar do tempo
aquele livro curto, pra quem é leitor, já não interessa muito, ele quer um
livro maior, mais avolumado, mas dessa forma eu também pensei , então eu tenho
outro livro que é um pouco maior do que esse.

– Por que você só
publicou um até agora, daqueles livros que você escreveu, foi por falta de
recursos?

Exatamente. Por falta de recursos. Essa minha primeira
publicação teve custos, eu tive de pagar o livro, mas espero vender uma boa
quantidade de livros para poder publicar os demais títulos escritos.

– E os seus leitores,
que você já disse que são principalmente sua família, sua mulher e filhas,
leram os demais livros que você escreveu?

Sim, principalmente a minha esposa. Eu escrevo e dou a ela para
ler, e ela gosta. Ela critica muito porque eu sou policial, então eu escrevi um
romance, que eu pretendo seja a minha próxima publicação, em homenagem a ela,
que gosta muito de romances. Hoje eu sou mais pelo lado policial devido ao fato
de exercer a profissão de policial. O livro que ainda não publiquei , cujo
título a princípio é Éramos Oito de Nove, é um livro policial no qual eu coloco
algumas coisas que são fatos e algumas coisas que são ficção, então é um misto
de fato e ficção, mas que alguns policiais, ao lerem, vão se identificar com
aquilo, porque é fruto de conversas com policiais, de ações das quais eu
participei e que eu coloquei no livro. É um pouco mais violento, mas para
contrabalançar eu tenho outro livro, que é um romance, que eu quero publicar, e
logo em seguida esse, que é policial, que é um pouco mais violento.

– O que você pretende
conseguir com essa publicação?

Na verdade, eu gostaria que os policiais civis de Mato
Grosso adquirissem um exemplar, de forma a me ajudarem na publicação do próximo
livro, e que todos tenham uma boa leitura, que possam ter o prazer de ler,
coisa que não é nada fácil; nessa correria do dia a dia é uma coisa complicada.
Eu já tinha muita vontade de escrever, mas com o dia a dia e a correria de
manhã, de tarde e de noite, então a gente não tem muito tempo disponível.

– Você acha que, ao
escrever, tem influência de qual autor ou quais autores que você já leu?

Como eu te disse no início, foi uma gama, mas quem me
influenciou mesmo a escrever foi a minha esposa.

– Você certamente leu
um livro que fez a diferença na sua vida? Ou não? Você leu só a Bíblia?

Não. Não foi só a Bíblia. A Bíblia é o maior que eu já li,
no meu modo de entender. Mas eu tenho livros motivacionais, romances, eu não
queria falar do livro assim, eu já li outros livros com minha esposa, com
minhas filhas, eu já li Rick Jordan, eu não sei se você conhece? Daquela autora
que faleceu recentemente, que escreveu muitos livros espíritas, Zíbia
Gasparetto, eu também li. Li Os Cinqüenta Tons de Cinza. São
vários autores que eu não me lembro agora, mas que eu já li.

– Mas e a literatura
brasileira… Machado de Assis… Jorge Amado…

Sim. Esses eu li a partir do momento que a minha filha
começou a ler, porque na verdade eu aprendi a ler com ela, devido a escola,
porque ela já está no nível médio, na fase do vestibular, então ela precisa muito
ler esses livros. É uma leitura um pouco mais complexa, devido ao linguajar,
que era um linguajar diferente do nosso atual, na verdade para você entender um
livro você precisa aprender aquele linguajar primeiro, para depois você
entender o livro.

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