- novembro 11, 2016
INVESTIGADORES EXIGEM DIREITO A VOTO NA ESCOLHA DO DIRETOR
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, prometeu hoje apelar ao governador Pedro Taques para alterar as normas que disciplinam a escolha do diretor geral da Polícia Civil de Mato Grosso. Ele exige que investigadores e escrivães também participem da votação que define a lista tríplice de delegados, na qual o Governo se baseia para a escolha final do dirigente da DGPC.
Gonçalves critica a norma segundo a qual apenas um número reduzido de delegados tem direito a votar na escolha de quem ocupará o cargo máximo da corporação. Sob o argumento de que o diretor geral comanda, além dos delegados, um número muito maior de investigadores e de escrivães, ele questiona essa diretriz. “Eu sou radicalmente contra este critério, porque todos devem participar do processo de escolha”, observa.
Ele afirmou que enviará um documento ao governador propondo que investigadores e escrivães passem também a ter direito a voto para referendar o nome do diretor, escolhendo aquele que pensam ser o melhor para conduzir os destinos da Polícia Civil.
O sindicalista lembrou que estamos no século XXI, em um país democrático de direto, “mas continuamos a ver absurdos como o critério de escolha do Diretor Geral da DGPC”. E disse que a categoria repele essa prática. Para Cledison, o modelo de polícia em que tudo era centrado no delegado é coisa do passado. “Atualmente nós temos uma polícia com nova mentalidade, cooperando com um governo democrático, no qual todos devem ter direito de expressar sua opinião”.
Segundo Gonçalves, esse modelo é um arremedo de colégio eleitoral cujo objetivo nada mais é do que privilegiar a cúpula da Polícia Civil, com o objetivo claro de eleger o delegado da preferência deles, nem sempre o melhor nome para a maioria dos integrantes da instituição. “Esta é uma prática antidemocrática e ditatorial porque eles querem ditar as regras”, disse. “É preciso que fique claro que assim como o delegado é servidor público do Estado, investigador e escrivão também são”.
DIREITOS IGUAIS O presidente do Siagespoc critica o critério de escolha do diretor da DGPC e diz que ele não combina com um governo democrata Fonte: Luiz Cesar de Moraes
Edição: 11.11.2016
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