- dezembro 9, 2016
SECRETÁRIO APOIA PREVIDÊNCIA ESPECIAL PARA POLICIAIS CIVIS
Em reunião mantida hoje com os presidentes dos sindicatos da segurança, o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Rogers Jarbas, manifestou apoio à luta da Polícia Civil pela manutenção de um tratamento diferenciado na reforma da Previdência, o projeto do Governo Federal que ora tramita na Câmara dos Deputados. Ele destacou que as carreiras policiais são uma atividade de risco, e que merecem, portanto, a garantia de um tratamento previdenciário diferenciado.
Esta reunião é o primeiro desdobramento da manifestação ocorrida ontem (8), em frente à Diretoria Geral da Polícia Civil – DGPC, quando cerca de 500 policiais, entre delegados, policiais civis e escrivães protestaram contra alterações contidas na PEC 287, que prejudicam a classe.
Embora a imprensa tenha dado destaque principalmente à manifestação na Capital, no interior as categorias também paralisaram atividades e fizeram protestos em várias cidades.
O delegado Wagner Bassi, presidente do Sindicato dos Delegados, deu ênfase à importância do reconhecimento do Estado da necessidade de aposentadoria especial para o policial civil. Segundo ele, a iniciativa é inédita no Brasil, e muito necessária, pois se o projeto da reforma da previdência for aprovado nesses termos, dentro de 20 anos a polícia vai acabar, porque estará tão envelhecida que não terá ânimo para investigar nem tampouco para prender criminosos.
De sua vez, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil – Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, também considerou importante tal apoio, mas deixou clara sua intenção de ouvir o governador a respeito. Ele comunga da opinião geral de que a Constituição Federal já concede tratamento diferenciado aos policiais, ressaltando que isso deve continuar. O secretário comprometeu-se em agendar uma reunião da categoria com o governador Pedro Taques.
Davi Padilha Nogueira, do Sindicato dos Escrivães, concordou com os demais: considera o reconhecimento do direito de aposentadoria diferenciada para o policial uma decisão muito importante, recordando que todos entendem “não ser essa uma luta sindical, mas uma luta da instituição, uma vez que quem corre o risco de se acabar é a instituição, e o que nós pleiteamos não é um privilégio, mas um direito que já foi concedido à outra corporação”.
Por último, Gonçalves acrescentou que os sindicatos não se desmobilizarão, lembrando que, todas as agendas para a luta pela manutenção de direitos para uma categoria que é diferente das demais, serão mantidas. “Sem dúvida, nós estaremos em Brasília na segunda e terça-feira da próxima semana e seguiremos a risca o calendário determinado pela Confederação Brasileira dos Policiais Civis, porque não podemos ser penalizados”.
ATIVIDADE DE RISCO Além de se alinhar com o discurso dos sindicatos da segurança, Rogers Jarbas prometeu agendar reunião entre os sindicalistas e o governador Fonte: Luiz Cesar de Moraes
Edição: 09.12.2016
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