- julho 7, 2016
SINDICALISTA PROPÕE LOBBY PARA MANTER APOSENTADORIAS ESPECIAIS
“Os sindicados, as federações e a confederação dos trabalhadores precisam organizar-se e fazerem lobby contra a aprovação de projeto cujo objetivo será alterar as regras da aposentadoria especial dos policiais civis do Brasil”. Este alerta foi feito hoje pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso – Siagespoc, Cledison Gonçalves.
Ele quer chamar a atenção dos dirigentes sindicais porque está preocupado com o grande número de notícias neste sentido que têm surgido na imprensa nacional.
O sindicalista teme que a reforma anule direitos adquiridos dos policiais civis, que se aposentam após 30 anos de serviços prestados, podendo ser 20 anos na função e 10 fora. “Devido à recorrência do assunto na mídia, eu creio que o Governo quer aprovar um limitador de idade ou aumentar o tempo de serviço para a nossa categoria”, explicou.
E afirmou que enxerga essa possibilidade “como um retrocesso, se considerarmos que o policial civil exerce uma função diferenciada, devendo ser tratado de forma diferenciada, principalmente quando se trata do quesito aposentadoria”.
Gonçalves destacou que a função policial é perigosa, é penosa, é insalubre. Disse que “normalmente o policial, após 30 anos de serviço, vai para a aposentadoria com os mais diversos problemas de saúde possíveis”. E concluiu que “se você aumentar a idade, ou aumentar o tempo de serviço, automaticamente você estará condenando o policial a não se aposentar; assim, ele certamente vai morrer antes da aposentadoria”.
Ele disse ainda não ser nenhum exagero afirmar que, em termos de Mato Grosso, uma média de 80% dos policiais civis morrem antes da aposentadoria. “Se isso acontece sob as regras atuais da aposentadoria, imagine se o Governo aprovar a ampliação desse tempo de serviço”.
No entender do presidente do Siagespoc, a tônica da mudança das regras da aposentadoria é cassar direitos. “Então nós temos que brigar para que possamos preservar esses direitos, mostrando que o policial civil é um profissional diferenciado; e não há como tratarmos os diferentes de forma igual”, alertou.
MUDANÇA DE REGRAS O presidente do Siagespoc teme que mudanças nas regras da Previdência anulem diretos e prejudiquem o policial civil Fonte: Siagespoc – MT
Edição: 07.07.2016
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