• maio 11, 2017

‘Sindicato não pode ficar a serviço do Governo’, diz presidente do Siagespoc

‘Sindicato não pode ficar a serviço do Governo’, diz presidente do Siagespoc

* O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc-MT), presidido atualmente pelo investigador Cledson Gonçalves, também está na luta por um diálogo com o Governo do Estado para exigir os direitos dos servidores públicos de Mato Grosso. Cledson acredita que o trabalhador, não só matogrossense, mas o brasileiro, está passando por um processo delicado na esfera política atual, e se revolta com as propostas de mudanças apresentadas recentemente, como a reforma da presidência e a reforma trabalhista. "São propostas de retirada de direitos do trabalhador", destaca o investigador.
 
Cledson acredita que os servidores públicos enfrentam o retrocesso, pois se encontram em um momento onde muitas reivindicações devem ser feitas, porém o Estado não consegue cumprir nenhuma delas. "Se nós conseguirmos o RGA, nós não podemos jamais sonhar com o reajuste salarial, mas nós sabemos que a situação do Estado não é das piores. O investigador questiona os paradoxos do Estado que diz que está quebrado, mas que ainda cresce e não cobra o imposto do agronegócio", argumenta.
 
O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil está em processo de campanha para escolha no novo presidente que acontecerá em dezembro deste ano. Cledson já avisou que não será candidato, mas apóia a candidatura de Edileuza Mesquita. Atualmente a campanha está focada na divulgação em cidades do interior do estado, onde foram feitas muitas obras. "No processo de visita no interior nós vamos apresentá-la a categoria como candidata a presidente do nosso sindicato", explica o investigador. "É uma disputa salutar e democrática", completa.
 
As eleições no sindicato sempre foram acirradas, segundo o presidente, de forma democrática, possibilitando à categoria a avaliação das propostas dos candidatos. "O que tiver a melhor proposta e aquele que já tiver serviço prestado e comprovado para a categoria é a melhor opção para o nosso sindicato."
 
O Sindicato dos Investigadores é um dos que mais cresceram em Mato Grosso nos últimos dez anos com sede em Cuiabá, sub-sedes em Barra do Garças, Rondonópolis, Sinop e Cáceres, e mais quatro sub-sedes a serem implantadas em Pontes de Lacerda, Alta Floresta, Tangará da Serra e em Água Boa. A preocupação maior é que o sindicato não caia em mãos erradas. "Se cair em mãos erradas com certeza irá sofrer o retrocesso, porque não seria bom pra categoria," alerta.
 
Atualmente os investigadores possuem um dos melhores planos de carreira e salário do país, fruto de muita luta e dedicação. "Eu acho que esse trabalho tem que ser contínuo, ele não pode retroceder em mãos de pessoas que não tem compromisso com a categoria", conclui.
 
De acordo com Cledson, o candidato de uma das chapas que disputam a próxima eleição é assessor de um deputado da bancada do governador, o que fatalmente pode colocar o sindicato a serviço do Governo, quebrando a ideologia política mantida há 20 anos pelos servidores, que é de conservar o sindicato longe de qualquer governo, "sindicato e Governo são questões absolutamente diferentes, não podemos manter o sindicato a serviço do Governo", conclui.
 

As chapas aliadas a Cledson estão há 20 anos a frente do Sindicato dos Investigadores e juntos somam grandes serviços favoráveis à categoria. Os investigadores da Polícia Civil já tiveram o título de um dos piores salários do país e hoje a situação é inversa. A próxima luta dos investigadores será a equiparação do salário ao do Perito Criminal, ambos são categorias da segurança pública e que exige nível superior, mas ainda não há clima de diálogo com o Governo.  

* Matéria reproduzida do site muvucapopular.com.br

SINDICATOS Cledison Gonçalves, que cumpre o oitavo mandato à frente do sindicato dos investigadores de polícia, deixa um legado de conquistas para a categoria
Fonte: muvucapopular.com.br
Edição: 11.05.2017
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