- outubro 22, 2018
SINPOL-MT RECOMENDA DESATIVAR DELEGACIA DE GAÚCHA DO NORTE
O município de Gaúcha do Norte, a 570 quilômetros a leste de Cuiabá, com cerca de 7 mil habitantes, registra um número reduzido de procedimentos policiais porque tem um baixo índice de criminalidade. Com esse porte, e com um destacamento da PM de oito policiais atuando na preservação da ordem pública, a cidade não precisa de uma Delegacia de Polícia, nos moldes da que existe hoje.
Ainda mais quando se sabe que o efetivo da Polícia Civil naquele município, com apenas três investigadores, é considerado abaixo do mínimo para o funcionamento de uma delegacia. A delegacia também não conta com escrivão, cujo trabalho é exercido por um investigador que exerce o papel de escrivão ad-hoc.
É essa a conclusão da presidente do Sinpol-MT, Edleusa Mesquita, que visitou Gaúcha do Norte esta semana, em companhia do vice-presidente, Gláucio Castañon. Esta visita faz parte da meta da diretoria de ir a todos os municípios, para verificar como se desenvolve o trabalho dos policiais civis e a efetividade do seu exercício.
Gláucio Castañon disse que para se manter uma delegacia funcionando com segurança orgânica são necessários no mínimo quatro investigadores, de modo a ter um plantonista por dia. Isso quer dizer que os três investigadores que atuam em Gaúcha do Norte estão com sobrecarga de trabalho.
Também pesa o fato de que quando são efetuadas prisões naquela cidade, os policiais têm que conduzir os presos até Paranatinga ou, caso seja mulher, para Nova Xavantina, Primavera ou outra cidade.
A diretoria do sindicato está fazendo um levantamento, visitando as cidades mais distantes da capital e de acesso mais difícil, para ter um raio X da situação de cada uma, que lhe permita tomar as medidas necessárias.