• março 15, 2023

“Tem que decidir, o medo paralisa”, defende coronel da reserva da PM; ele dá cursos sobre inteligência emocional

“Tem que decidir, o medo paralisa”, defende coronel da reserva da PM; ele dá cursos sobre inteligência emocional

 

O coronel da reserva da Polícia Militar de Mato Grosso, Marcos Roberto Gonçalves, tem se transformado em referência motivacional para muita gente. Através do lema “CrerSendo”, o coronel tem realizado palestras, workshops e cursos mostrando que qualquer pessoa tem potencial para transformar o rumo de sua vida. 

 

“Não basta apenas crer, você precisa ser a sua melhor versão todos os dias. Daí surgiu o (Instituto) CresSendo”, explica o coronel durante podcast realizado na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso (Sinpol-MT), na terça-feira (14). (Ver abaixo)

 

Roberto Gonçalves aborda no bate-papo com o presidente do Sinpol-MT, Gláucio de Abreu Castañon, o jornalista Osmar de Carvalho e o apoio logístico do secretário-geral do sindicado, Arlei Xavier, temas como qualificação, auto-estima e  liderança como fatores transformadores.

 

Na verdade, mostra em 1h30 de conversa a existência de um conjunto de fatores para o que classifica como ‘inteligência emocional’. Fundamental, avalia, para qualquer tomada de decisão.

 

“O policial sempre trabalha com três segundos de delay (…). O cidadão em conflito com a lei aponta uma arma para você e você tem três segundos (pra pensar)… seu eu atirar pode matar um terceiro, pode ter interpretado que é uma arma e não é uma arma (…). Esse medo paralisa. Muitas ocorrências acontecem por causa do medo (…). E isso pode ser a diferença entre a vida e a morte”, aponta, defendendo que o melhor sempre é decidir. “Você pode errar ou acertar, o que não pode é não decidir”.

 

 

Militar da reserva, professor, com quatro especializações, mestrado, Roberto Gonçalves faz questão de lembrar as bases do seu treinamento. “Tudo o que eu falo passa por três lentes. Eu sou cristão, então tudo o que eu falar passa por essa lente. Eu sou professor, e tudo o que eu falar vai ter um fundo pedagógico, eu vou fazer uma citação. E eu sou policial militar (…). É inerente ao que eu sou. A minha fala passa por isso”.

 

E é taxativo ao cravar a importância da educação como aliada da segurança pública.

 

“Educação e segurança estão interligadas. Quanto mais evoluído, quanto mais educado um povo, menos se gasta com segurança”, diz ele, citando o Japão, quando teve problemas com reatores nucleares e cidades precisaram ser evacuadas. “Muitas pessoas saíram, depois voltaram e (encontraram) muitos supermercados  vazios. Eles pegavam os alimentos e deixavam o dinheiro. Não teve saque. Isso está diretamente ligado ao nível de educação, nível de civilidade, nível de cidadania, ética, moral”, exalta, lembrando que muitas pessoas confundem o que seja ética e o que seja moral. “Ética é a diferença entre o bom e o mau, e a moral entre o certo e o errado. O certo e o errado mudam de acordo com o país, com a cultura, mas a ética não. O que é bom é bom em qualquer lugar”.

 

Roberto Gonçalves fala ainda, entre outros assuntos, sobre comportamento, família, forma de lidar com problemas e o reconhecimento que se deve ter das ações de colegas em ambientes de trabalho. “Existem várias formas de demonstrar amor”.

 

Confira o bate-papo no vídeo abaixo:

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