- fevereiro 20, 2018
INVESTIGADORES TÊM ACESSO A TREINAMENTO EM HAPKIDO
Se o Estado se omite na capacitação dos policiais para a atividade-fim, o sindicato percebe isso e contribui para a superação dessa falha. Foi essa a preocupação que levou a Diretoria do Siagespoc a renovar um contrato com o mestre Hapkido Don Fischer, para ministrar aulas desta modalidade de arte marcial aos sindicalizados, qualificando-os para a defesa pessoal.
Até agora houve pouca procura pelo curso por parte do público alvo, embora o contrato tenha sido pensado para capacitar o policial, que Edleusa Mesquita, presidente do Siagespoc, considera essencial para a categoria com um todo.
Ela crê que a divulgação dos “produtos” do Sindicato tem sido pequena, e por isso pretende agir diferente este ano. A intenção é realizar cursos de curta duração (dois dias), com certificado expedido por instituição reconhecida pelo MEC, de modo que todos os policiais subordinados às sub sedes tenham chance de usufruir de um treinamento fundamental para o melhor desempenho da função.
O professor Don Fischer tem raciocínio parecido. Para ele, o policial treinado em Hapkido difere do não treinado na mesma proporção da situação enfrentada por dois náufragos em alto mar: aquele que sabe nadar tem condições muito maiores de salvar sua vida do que aquele que não sabe. Mesmo desarmado, quem tem experiência em Hapkido enfrenta uma ou mais pessoas, armadas ou não, sem que isso faça grande diferença no resultado positivo de sua abordagem, segundo avaliou.
A investigadora Naiana de Paula Santana participa do treinamento de Hapkido desde o início, e é uma entusiasta da modalidade. Ela disse que tem recebido noções básicas de segurança em condições de abordagem, de manipulação de suspeitos, nas quais aprende a melhor forma de se resguardar. “Quem faz o curso aprende a agir com muito mais profissionalismo do que aquele que não faz”, pontuou.
Na avaliação do policial civil, Rubens Adônis dos Santos Vieira, o curso é excelente, e devia ser obrigatório a todos, porque facilita o trabalho operacional dos investigadores. Esta modalidade incentiva o uso das mãos em vez de arma letal, disse, citando um provérbio chinês que ele entende ilustrar bem esta situação: “é melhor você ser um guerreiro em um jardim do que um jardineiro em uma guerra”.
http://www.grandesmestresmarciais.com.br/biografia/Don-Fischer
1 Comments
Muito bom! Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto, infelizmente não temos uma formação tão ideal quanto deveríamos e o Hapkidô só tem a colaborar cada vez mais para que o policial tenha o mínimo de preparo para as ocorrências do dia-a-dia.
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