- março 10, 2021
Um convite à razão
Alheio às ideologias partidárias, o pendulo do poder sustentado pela democracia vai da esquerda à direta de acordo com a vontade do povo. Na busca de um Brasil mais igualitário, mais justo, mais ético e mais patriótico votamos em candidatos dos dois extremos.
Não defenderei ideologia partidária, mas, também não farei vistas grossas à hipocrisia e mentiras que dão lastro e sustentam governos que estão destruindo todas as nossas conquistas. Não tenho e jamais terei partido ou, mesmo, político de estimação, e isso me desperta um olhar crítico, sem paixões partidárias, direcionado apenas a analisar o atual cenário reformista em que nos encontramos e a quem ele interessa.
O servidor público virou “bode expiatório” de um caos social prenunciado, causado pela ação e omissão do podre sistema político/jurídico do Brasil.
Minha repulsa e reprovação virão nas urnas, porém hoje, na qualidade de liderança sindical sinto-me na obrigação de repudiar o tratamento do presidente Jair Messias Bolsonaro aos policias civis, penais e federais do Brasil. Estamos sendo mais uma vez massacrados e a responsabilidade é de Vossa Excelência.
Não adianta, mais uma vez, ensaiar boas intenções e jogar a culpa no Congresso. Precisamos de ação e não apenas de “boas intenções”, pois, de boas intenções, como reza o aforismo popular, “o inferno está cheio”.
Presidente Vossa Excelência nos traiu.
Do mesmo modo, dirijo-me ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Mato Grosso para afirmar que o senhor também traiu os servidores públicos do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, cometendo um verdadeiro estelionato eleitoral.
O senhor, Governador Mauro Mendes, prometeu honrar com a implantação da revisão geral anual e não cumpriu, mas, ainda é tempo de se redimir, implantando os reais percentuais retroativos.
Diante de tudo isso, conclamo a todos os policiais civis, duplamente traídos, para que pensem e repensem sobre tudo o que aconteceu e está acontecendo, revendo assim, seu apoio àqueles que insistem em nos jogar às traças, como se nada fossemos.
*Gláucio de Abreu Castañon é presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Sinpol-MT).