- janeiro 24, 2019
LÍDERES ALERTAM SOBRE A INSATISFAÇÃO DAS CATEGORIAS
A insatisfação dos servidores públicos do Estado de Mato Grosso ficou evidente quando eles ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (21) para tentarem impedir a votação do pacote de projetos do Governo do Estado, que em muitos pontos afeta-os de forma direta. O desenrolar dos acontecimentos, desde então, parece ter ampliado esse descontentamento.
Nesta quarta-feira (23), o Legislativo aprovou, em primeira
votação, a reforma administrativa, que extingue autarquias e secretarias, a lei
que trata do MT Prev e a versão estadual da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), mensagens estas que ainda deverão passar por uma segunda votação para
terem validade. Os projetos referentes ao pagamento da RGA e do Fethab não
foram votados hoje.
A entrevista coletiva das lideranças dos sindicatos da segurança deixou claro que as categorias discordam do teor dos projetos e da votação a toque de caixa que o Legislativo resolveu adotar neste caso.
Participaram da entrevista os presidentes dos sindicatos dos
Investigadores de Polícia, Escrivães, Delegados de Polícia, Associação dos
Subtenentes e Sargentos da PM, Sindicato do Sistema Socioeducativo, dos
Servidores Penitenciários, Associação de Cabos e Soldados da PM e Associação
dos Oficiais da PM e BM.
O presidente do sindicato dos Delegados, Wagner Bassi, falou da indignação que tomou conta dos servidores públicos com relação à votação desses projetos de lei, afirmando “que as categorias não entendem a necessidade de estar sendo votado com tanta pressa”. Ele se referia aos projetos de autoria do Governo do Estado, votados e aprovados em primeira votação pelos deputados estaduais.
O tenente coronel Wanderson Nunes, que representa os oficiais PM e Bombeiros, afirmou que “o agronegócio conseguiu sentar com o governador e apresentar suas pautas, definindo um substitutivo ao projeto original. Enquanto isso, os servidores do Executivo não são ouvidos; essa é uma das razões da insatisfação dentro da PM com esses projetos de lei, e da forma como foram aprovados hoje”.
A presidente do Sinpol-MT, entidade sindical dos investigadores da Polícia Civil, afirmou que o Governo Mauro Mendes usa dois pesos e duas medidas com relação ao tratamento que dispensa aos servidores do Executivo, e aos demais Poderes, além do Ministério Público e do Tribunal de Contas, que ficaram de fora das medidas que ele quer aprovar na Assembleia.
Para ela, dos três poderes do Estado, apenas o [funcionalismo] do Executivo está sendo penalizado. “Suspende-se a RGA dos servidores do Executivo, mas os do Judiciário e do Legislativo não são tratados da mesma forma; não é justo os servidores do Executivo serem penalizados por questões de más administrações, porque não é nossa culpa; ela disse que na segurança pública trabalha-se com uma sobrecarga de serviço e ninguém reclama.
As lideranças sindicais da área de segurança pública não
descartaram a possibilidade de greve face ao grande descontentamento demonstrado
pelas categorias.